Chamam-lhe beleza. Ou então fascínio. Mas é,
na verdade, apenas uma espécie de carinho de olhar. Como se os olhos
apertassem. Como se os olhos abraçassem. Uma ternura entre olhos. Como
se beijar fosse sem lábios e abraçar fosse sem braços. Como se amar
fosse sem tocar. Como se querer fosse sem querer. E é. Na realidade é.
Amar é, sempre, sem querer. Quero-te na exacta medida em que não te
quero. Quero-te como se quer aquilo que se quer sem querer. Pode parecer
confuso. Mas não é. É amor.
Pedro Chagas Freitas
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