quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Baudelaire (a melancolia de Paris)

«Um olhar experimentado nunca se engana. Nesses traços rígidos e abatidos, nesses olhos cavos e ternos, ou brilhantes dos derradeiros clarões da luta, nessas rugas numerosas e profundas, nesses passos tão lentos e tão bruscos, decifro imediatamente as inúmeras lendas do amor traído, da dedicação ignorada, dos esforços não recompensados, da fome e do frio humildemente, silenciosamente suportados.» 
Charles Baudelaire, “A Melancolia (Spleen) de Paris”, Lx., Rel. D’Água, 2007, p. 41

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